Quem me conhece sabe da minha obsessão pelo número 42. Eis o motivo
A primeira vez que eu ouvi falar sobre O Guia dos Mochileiros da Galáxia de Douglas Adams foi através de um aluno do ensino fundamental II. Meus alunos tinham uma nota extra por livro lido durante o bimestre (qualquer livro servia). O resumo me chamou a atenção, pedi o livro emprestado e foi amor a primeira vista.
Normalmente ficção científica é algo apocalíptico e assustadora ou apenas uma comédia debochada, O Guia consegue ser os dois. Não é possível descrever o que não quer ser descrito ou explicar o que é complexo demais para explicar. 42 seria a melhor resposta e também um dos principais fundamentos que aparece ao longo de toda a narrativa. Uma das principais mensagens é não levar tudo tão a sério e não se levar a sério.
Originalmente escrita para uma série da rádio BBC em 1978, fez tanto sucesso que persuardiram o autor a transformar em livro, mais de 250 mil cópias foram vendidas em apenas três meses, com o sucesso ele decidiu escrever mais dois, portanto uma trilogia de cinco. A obra foi adaptada em outros formatos, mas o filme de 2005 talvez não seja a melhor forma de conhecer o trabalho do autor.
Os livros da série tem como foco o público infanto-junvenil, são curtos e de fácil leitura. O narrador é a atração principal, mas não podemos deixar de dar destaques aos personagens que são de outro planeta, literalmente. Os mundos que o autor criou deu vida a colchões e transformou a poesia em tortura e a cada nova descoberta desse mundo mais se quer conhecer.
Nos cinco livros somos guiados por Arthur Dent e Ford Prefect (como o carro), nem sempre juntos, nem sempre amigos, mas sempre com uma toalha. Além de viajar no espaço, Douglas Adams também nos leva em uma viagem temporal e atemporal.
Uma série incrível para quem quer viajar em todos os sentidos.